… Não fazia sentindo mesmo eu continuar usando
aquele colar como uma segunda pele. Depois disso, a noite melhorou
consideravelmente. Pareceu que ficamos mais livres e agora estávamos
apenas nós dois de verdade. Sem nenhum fantasma para atrapalhar.
Era só pele com pele. Saliva com saliva. Desejo com desejo.
Satisfação com satisfação. Era apenas vontades que se satisfaziam e
se completavam. Não precisava de palavras. O olho falava. As mãos
se comunicavam. A boca consentia. E assim foi-se mais uma noite.
Sem testemunhas, sem arrependimentos.