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Passam os dias.
As noites chegam.
Sempre com o mesmo perfume.
Sempre com a mesma resposta.
Já não sei o que tenho a esperar.
Já não sei em quem devo acreditar.
Os dias são sempre as mesmas manhãs.
O sol da tarde é sempre o mesmo sol.
A noite como sempre.Com o seu ar sóbrio.
As esperanças foram tão longe.
Que já não existem braços para alcançá-la.
O amor nunca existiu.
Como identificá-lo
Se um dia ele der sua graça?
O que existe são sonhos
Que a noite alimenta.
E quando o dia esquenta.
Não existe tarde
Que apague o fogo.
O corpo adormeceu.
Já não sinto dor.
Também o dia novamente amanheceu.
E já não sei se acredito naquilo que chamam de amor.