E eu que enfrento o escuro com medo do que possa encontrar.
Já não me escondo nos meus medos.
Enfrento todos com o meu peito exposto
Para que possam atirar.
A bala fere, rasga a pele.
Mas o aprisionamento do medo fere bem mais.
Já não caibo mais em mim.
Apesar de me bastar.
O medo vem e passa.
Assim como a vida.
Assim como as pessoas.
Vontades e desejos são refeitos.
Prazeres ressentidos.
Só o tempo perdido
Que não se dá para recuperar.
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