Eu não quero pedir atenção.
Nem mais que gostem de mim.
O que eu queria eu já fiz.
Não há como fingir.
Há muito gritei.
Gritei entre portas
E janelas abertas.
Não ouvi respostas.
Nem o eco das minhas palavras
Souberam voltar.
Agora não há volta.
Perdi muito tempo
Fugindo com medo do escuro.
Descobri que não foi a falta de luz
Que me fez mal.
Foi a minha incapacidade de pedir socorro
A mim mesmo.
Pedi demais a quem não devia.
Corri.
Fui atropelada pelos meus passos.
Não fiquei só.
Apenas porque me deixaram só.
Fiquei só.
Porque fui induzida a isso.
Adriana Freitas
A reprodução do texto está autorizada desde que a fonte/autoria seja citada.
Adorei o poema….
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Obrigada Alberto.
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De nada, não é um comentário de cortesia, Efetivamente adorei o poema, senti-o como um grito nascido na alma!
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E foi sim. É um poema antigo. Da época da faculdade. E estava bem triste nesse dia. Agradeço por suas palavras.
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