Ainda é uma criança.
E já carrega outra criança nos braços.
O que esperar do futuro
Quando o que se tem são marcas?
É preciso amadurecer.
Não há mais tempo para brincar.
A realidade agora é outra.
Outra criança vem depressa demais.
Atropelando os passos
De quem ainda aprende a caminhar.
Ser criança.
Ser adulta.
São escolhas.
Às vezes é só deixar a vida levar.
E agora o que se pode fazer?
Não se pode evitar o inevitável.
Não se podiam atropelar os passos.
E agora?
Aprender a caminhar
Ao mesmo tempo em que se ensina.
Assim são estas crianças apressadas
Gerando outras crianças.
Adriana Freitas
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