A paisagem começa a mudar.
Agora arranha-céus crescem
Cortando o ar.
O que era espaço cheio de cores.
Dá lugar ao cinza do concreto.
As cores das flores
Abrem espaço para as pastilhas coloridas
Dos prédios.
Os terrenos antes baldios
Hoje é mais um espaço amontoado de moradores.
A paisagem muda
Num ritmo cada vez mais veloz.
Eu não sei até quando.
Sinto saudade do cheiro do mato.
Agora tudo é asfalto.
O verde que mesmo com chuva
Sai de cena
Deixando o cinza colorir a paisagem.
Adriana Freitas
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