Alguns chamam de desinteresse.
Eu prefiro chamar de desapego.
Já que nada é eterno.
Nem as horas e nem o tempo.
Objetos se perdem.
Pessoas não são propriedades.
O pronome possessivo é só gramática.
O ter é temporal.
O apego cega e entristece a alma.
Eu cuido das coisas enquanto estão comigo.
Elas tendem a durar.
Mas as permito partir.
Seguir o seu destino.
Para o que não me serve.
Para quem não deseja ficar comigo.
Adriana Freitas
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