Os olhos atentos.
Os corpos dançantes.
O estranho não é o mesmo.
Agora ele tem nome.
No meio de impressões distantes.
Lembro ainda do seu jeito de falar.
A sua voz ainda é ouvida.
Só não sei até quando.
Talvez até o dia de sua partida.
As impressões foram embora.
Só ficaram lembranças.
Histórias.
Os olhos estão distantes novamente.
Presente mesmo.
É a esperança do ausente
Tornar-se presente.
Não existirá estranhos.
Talvez amigos.
Talvez sentimentos escondidos.
Ou desconhecidos.
Esqueça o estranho.
Deixe de parecer indiferente.
Ganhe outro tamanho.
Deixe de ser ausente.
Seja somente ele.
Sem formas.
Sem nomes.
Sem proporção.
Não deixe de ser ele mesmo.
Mas que não tenha definição.
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